segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Prefeito Rodrigo Coêlho inicia gestão com foco na melhoria do atendimento no Hospital Municipal


O Hospital São Raimundo Nonato está sendo o ponto de partida da gestão do prefeito de São Raimundo das Mangabeiras, Rodrigo Coêlho (PCdoB), que pretende fazer “um choque de gestão”, tanto na área da saúde quanto nas demais áreas da administração. Nesta segunda-feira, 02, o prefeito se reuniu com servidores do hospital, acompanhado do futuro secretário de Saúde, Adilton Costa, do futuro secretário de Administração, Márcio Coelho, e da primeira-dama, Elmorane Coelho. 

Além de dialogar com os servidores, Rodrigo vistoriou a estrutura do hospital e conversou com pacientes. 

“Hoje, nós chegamos aqui no intuito de dar o nosso foco principal na área de vocês”, disse Rodrigo aos servidores. “Vou estar aqui sempre que precisar”, enfatizou.

Rodrigo disse aos servidores que o objetivo do encontro era para “dar uma motivação”. “Vocês vão ver que daqui pra frente vocês terão um prefeito aberto para o diálogo, um prefeito para trabalhar 24 horas pelo povo de Mangabeiras, e espero contar com a colaboração de cada um de vocês”, salientou. 

O prefeito comunicou aos servidores as suas primeiras ações para a área da saúde, como uma solicitação de orçamento para a licitação da compra de quatro novas ambulâncias, que serão distribuídas entre o hospital e os povoados: Vale Verde, Morro do Chupé e Canto Grande; e a assinatura de um projeto de lei que aumenta a remuneração dos enfermeiros que recebiam o correspondente a 20 horas semanais. “Todos, a partir desse mês, vão incorporar aos seus salários as 40 horas e passar a ganhar conforme os outros”. O prefeito se comprometeu ainda em buscar elaborar o plano de cargos, carreira e salários dos servidores da saúde.

Rodrigo disse que implementará um sistema de meritocracia no hospital, onde os melhores funcionários serão premiados anualmente. Segundo o prefeito, os usuários do serviço farão a avaliação do atendimento. “Vai ter urnas aqui avaliando o critério e o atendimento de vocês, cotidianamente”.

O prefeito enfatizou que as medidas que estão sendo tomadas visam oferecer “uma saúde de qualidade e excelência”. “Por parte do prefeito, terá contrapartida: melhores salários, motivação, remédio, ambulância, estrutura, equipamentos e especialistas”, sentenciou.



Rodrigo Coêlho toma posse como prefeito de Mangabeiras e anuncia primeiras ações


Rodrigo Coêlho (PCdoB) e Junior Batateira (PSB) tomaram posse na noite desse domingo, 01, como prefeito e vice-prefeito de São Raimundo das Mangabeiras, respectivamente.Também foram empossados os 11 vereadores do município: PCdoB: Ailton, Alessandra Alvarenga, Emerson Cardoso e Júlio Da Foto Layser; PSL: Irmão Leonardo e Catré; PDT: Emir Da Cerâmica; PP: Darleia; PSB: Cobra; PSDB: Nonatinho da Papelaria; e PV: Mauricio Dião.

A cerimonia teve início com a posse dos vereadores, sob a presidência do vereador Irmão Leonardo, secretariado por Júlio da Foto Layser, seguida da eleição da mesa diretora e posse do prefeito e do vice-prefeito.

A eleição da mesa contou com apenas uma única chapa, composta por: Irmão Leonardo, presidente; Alessandra Alvarenga, vice-presidente; Júlio da Foto Layser, primeiro secretário; e Ailton Costa, segundo secretário. A chapa foi eleita com seis votos favoráveis (Ailton Costa, Alessandra alvarenga, Cobra, Catré, Júlio da Foto Layser e Irmão Leonardo), três contra (Darleia, Emir da Cerâmica e Maurício Dião) e duas abstenções (Nonatinho da Papelaria e Emerson Cardoso). Irmão Leonardo ocupa a cadeira de presidente pelo segundo biênio consecutivo (2015-2016 e 2017-2018).

O ex-prefeito Francismar Carvalho transferiu a faixa para o prefeito Rodrigo Coêlho. Em seu discurso, disse que “é com a maior satisfação da minha vida que participo desse ato solene de posse de um dos homens mais preparados do maranhão”. “Saio de coração aliviado, deixando um sucessor eleito para conduzir os rumos dessa cidade”, salientou.

Rodrigo Coêlho anunciou as primeiras ações do seu governo, dando destaque para o projeto de lei, que protocolou após a posse, que garante passe livre aos estudantes do IFMA Campus São Raimundo das Mangabeiras. Ele anunciou que realizará, nesta segunda-feira, 02, uma reunião com servidores do Hospital São Raimundo Nonato visando dialogar para buscar fazer com que o atendimento no hospital melhore. “Meu gabinete, amanhã, será o hospital São Raimundo Nonato”, disse.

Rodrigo anunciou ainda que pretende comprar quatro ambulâncias, uma para o hospital, uma para o Povoado Canto Grande, uma para o povoado Morro do Chupé e uma para o Povoado Vale Verde. Outra ação que pretende iniciar em torno de 30 dias é o recapeamento asfáltico de ruas entre as ruas Paissandu e Roseno Pires.


A cerimônia de posse contou com a presença de diversas autoridades políticas, civis e eclesiais e de familiares e amigos dos empossados. Dentre os presentes, o Superintendente de Articulação Regional do Governo do Estado, Felix Resplandes, o Comandante da Polícia Militar no município, Tenente Antônio Dias, e o ex-vice-prefeito, Charlis Maia.

Charlis Maia destacou em seu discurso, dirigindo-se ao ex-prefeito Francismar Carvalho, que tentou “fazer o máximo para que a sua gestão fosse uma das melhores gestões que já teve no município”. Ele disse ao Rodrigo que torce “para que a sua gestão seja melhor do que essa [que se encerra]”.

O vice-prefeito, Junior Batateira, agradeceu a Deus “por tudo o que ele tem colocado na minha vida”. Ele disse ao Rodrigo que será “leal e solidário em todos os momentos da administração”. “Serei um vice pronto para trabalhar”, disse.


A primeira-dama, Elmorane Coêlho, disse que, com a posse de Rodrigo, “a vontade do povo se materializa”. “Quem nomeou, quem empossou Rodrigo Coêlho foi a maioria dos eleitores de são Raimundo das Mangabeiras”, disse. Ela destacou que as ações do governo serão feitas para atender os munícipes, independentemente de grupo político. “Acabou o vermelho separado do azul, rodrigo é prefeito de todas as cores”.


Os Vereadores que fizeram uso da palavra na cerimônia de posse agradeceram os votos que os conduziram à câmara e disseram que buscarão fazer o melhor em prol do município.

O encerramento da cerimônia de posse foi realizado na Praça do Mercado, com as seguintes atrações: Comitiva do Forró, Luckas Seabra e Swing do Negão.





sábado, 31 de dezembro de 2016

Francismar Carvalho concede entrevista e diz que deixa 3 milhões para Rodrigo iniciar a gestão


O prefeito Francismar Carvalho e o vice-prefeito Charlis Maia concederam entrevista neste sábado, 31, a Felix Bezerra, na Rádio Comunitária FM Rio Neves. O prefeito anunciou que entrega a prefeitura, neste domingo, 01, com dinheiro na conta para que Rodrigo Coêlho inicie a sua gestão.

“Ficam 3 milhões de reais na conta para o próximo prefeito dá início à sua gestão”, disse. Ele explicou que parte dos recursos estão na conta do FUNDEB, parte na conta da prefeitura e parte na conta dos convênios. Ele disse que 1 milhão de reais é parte de um convênio para recapeamento asfáltico de ruas do centro da cidade, entre a Rua Paissandu e a Rua Roseno Pires.

O prefeito falou de suas ações a frente da prefeitura, destacando, dentre outros, a parceria com Raimundo Carreiro, que “nunca mediu esforços para ajudar Mangabeiras”. Francismar destacou a eletrificação rural, dizendo que deixa o município com “menos de 50 famílias que não tem eletrificação rural”; falou que mais de 300 quilômetros de estradas vicinais foram empiçarrados; falou da construção e ampliação de postos de saúde, construção e reformas de escolas, construção de poços artesianos e outras obras. Francismar disse que administrou com a concepção de que “a prefeitura não é propriedade particular de ninguém, ela é propriedade do povo”, e que é possível resolver os problemas quando se administra com essa concepção.

Francismar disse que o seu governo foi “corajoso, determinado”, que pensou em todos os segmentos da sociedade, “que pensou no homem da cidade, mas também no sertanejo”. Disse que sua “Gestão é um divisor de águas” para o município. “Acreditamos que cumprimos o nosso papel”.

Quanto ao futuro político, Francismar disse que “depende de Deus, do povo mangabeirense e do povo sul maranhense”. Ele disse que o futuro também depende do grupo político do qual faz parte. “Desejo que o meu prefeito [Rodrigo Coêlho] e vice-prefeito [Junior Batateira] façam um bom trabalho, que o nosso grupo político faça um bom trabalho”.


O vice-prefeito Charlis Maia também participou da entrevista, falou da parceria com Francismar Carvalho e com o grupo político. Ele destacou que ser vice-prefeito é ser um parceiro, mas que, para isso, é “preciso que aja entendimento, diálogo e, acima de tudo, respeito”.

Quanto ao futuro político, Charlis disse que “depende de Deus e do povo”, bem como do grupo político. “Meu nome continua a disposição do grupo, continuo sendo um soldado do grupo”. Charlis disse acreditar que Rodrigo Coêlho e Junior Batateira continuarão olhando com “atenção e carinho para o povo”.


O coordenador de comunicação da gestão Francismar Carvalho, Felix Bezerra, elencou obras e ações desenvolvidas ao longo da gestão, desde 2009. Ele esclareceu que informações dessas ações podem ser encontradas em seu perfil do Facebook. Veja essas as ações a seguir:

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Um comércio está apto a comercializar para o programa ‘Bolsa Escola’ em Mangabeiras


O Governo do Maranhão, através do programa Bolsa Escola (Mais Bolsa Família), vai garantir a aproximadamente 1,2 milhão de crianças e adolescentes maranhenses a aquisição de material escolar, a partir do dia 10 de janeiro. Aumentou a quantidade de estabelecimentos cadastrados no estado, passando de 834, em 2016, para 1413, em 2017, segundo o governo. Em São Raimundo das Mangabeiras, o número de estabelecimentos credenciados diminuiu, de cinco para um. A Papelaria Brito, que se credenciou em 2016, continuará a realizar as vendas. A previsão do governo é que o programa injete mais de R$ 50 milhões na economia do estado.


Para 2017, o governo reajustou o valor do benefício em 12,5%, que passará de R$ 46,00 para R$ 51,00, a partir de janeiro de 2017.

“É um programa de grande alcance social que, além de promover mais dignidade aos alunos da rede pública, eleva também sua autoestima porque eles passam a adquirir materiais escolares que, na grande maioria das vezes, não teriam condições de comprar”, afirmou Neto Evangelista, titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social (Sedes), órgão responsável pela execução do Bolsa Escola (Mais Bolsa Família).

A transferência do recurso aos beneficiários é disponibilizada em cota única, no início de cada ano, para a compra de material escolar. A retirada do benefício é feita por meio de um cartão de débito que, à medida que forem recebidos pelos beneficiários, são desbloqueados pelo órgão executor do programa. Os beneficiários têm até 90 dias para realizar a compra dos produtos nos estabelecimentos habilitados pelo Governo do Estado, nos municípios. Podem ser adquiridos todos os produtos com finalidade escolar.

Quem tem direito ao Bolsa Escola

Tem direito ao programa Bolsa Escola (Mais Bolsa Família), famílias com crianças e adolescentes de 4 a 17 anos, cadastradas no Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) e que recebam o Bolsa Família. Ao contrário de outros programas, não há limite em relação ao número de filhos beneficiados por família.

Quem já foi beneficiado pelo programa este ano, terá o cartão recarregado a partir de 10 de janeiro de 2017, após a liberação dos recursos pelo governo estadual.

Em 2016, o programa beneficiou 982.681 alunos nos 217 municípios maranhenses.

Para mais informações, acesse o site do programa (AQUI)

Com informações do governo do Maranhão

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Policiais civis e militares realizam entrega de brinquedos em São Raimundo das Mangabeiras


Policiais civis e militares de São Raimundo das Mangabeiras realizaram nesta quinta-feira, 22, a entrega de brinquedos para crianças do bairro São João, no município. Em outubro, ação semelhante foi realizada no bairro Vila Ceci.

Os Brinquedos foram doados pelo empresário Neném Paraíba, pela empresa Mangnet.com, por policiais militares e civis. Acompanhado de agentes da polícia civil e por policiais militares, o Delegado Périkles Lima, coordenou a ação de distribuição.


Com a colaboração de Afonso Silva (Midia Play)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Moradores buscam solução para impasse sobre moradia dentro do Parque Estadual do Mirador


De um lado, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA) e o Batalhão de Polícia Ambiental, que trabalham pela preservação do Parque Estadual do Mirador; De outro lado, famílias que já residiam na área antes da criação do Parque, em 1980. Esta convivência nem sempre é pacífica, o que faz com que soluções para os impasses tenham que ser buscadas, principalmente, através do diálogo.

No sábado, 17 de dezembro, uma reunião, no posto de fiscalização do Zé Miguel, debateu as novas medidas adotadas pela SEMA no tocante a convivência com os moradores. Dentre as novas medidas, a limitação da quantidade de bovinos a serem criados pelas famílias (15 animais) e o tamanho das roças (duas tarefas, que corresponde a cerca de 0,6 hectare).

A reunião contou com a presença de moradores, de representantes da SEMA, do Batalhão de Polícia Ambiental do Maranhão, do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Raimundo das Mangabeiras, da FETAEMA (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Maranhão), da Secretaria de Agricultura de São Raimundo das Mangabeiras, de representantes do legislativo municipal de São Raimundo das Mangabeiras e outros. Na oportunidade, os moradores puderam expressar o que pensam sobre o futuro da convivência entre as famílias e os órgãos governamentais.


As notificações com as novas regras deixaram muitos moradores apreensivos e alguns se sentiram constrangidos e ameaçados pela forma como as notificações foram feitas, o que motivou a mobilização dos moradores para a busca de um caminho viável, que garanta a preservação do local e a permanência das famílias onde habitam há muitas gerações, já que o estado não garantiu uma alternativa de sobrevivência quando o parque foi criado.

O morador Reginaldo Gomes contou que se sentiu ameaçado quando foram lhe entregar a notificação, que ele se recusou a assinar. "O meio ambiente chegou lá em casa e foram falar sobre o gado e mandaram eu assinar um papel pra mim deixar só quinze gado. Eu falei que, aqui dentro do parque, eu não morava aqui sozinho, aqui nós era um grupo de gente, era mais de cem famílias aqui dentro. Pra mim fazer aquela assinatura, eu precisava ver a opinião de cada morador... Eu sozinho, individual, não podia fazer aquela assinatura... Eles tinham me pegado de surpresa, eu estava sem saber de nada... Eu não quis assinar... Ai levantou um policial: 'rapaz você tem que assinar, se você não quiser assinar é o seguinte: Pra nós não resta nada, nós somos o avisador... Mas o outro batalhão quando vier eles vão trazer uma carreta e verificar o seu gado...' O policial me colocou desse jeito. Então eu considerei isso como uma ameaça", relatou Reginaldo.

Reginaldo acredita que uma saída para o impasse é o governo indenizar os moradores que residem na área. "Com essa norma ai, a minha opinião é o seguinte: é nós caçar um jeito de entrar em contato com o governo pra ele indenizar cada quem que está aqui dentro", disse.

Ouça a entrevista com Reginaldo Gomes:

O morador Osano Mourão, disse que, com a regra que limita a quantidade de animais a serem criados e o tamanho das roças, "desse jeito não dá pra nós sobreviver aqui não". "Qualquer coisa nós tem que arrumar um contato com o governo pra ele indenizar nós ou então tirar um pedacinho de terra para nós aqui mesmo". Ele contou que antes da lei de criação do parque, cada morador tinha cerca de 100 hectares. "Nós não invadimos o parque, nós sempre estamos aqui de séculos". "Meu bisavô, meus avôs, nasceram e se criaram todo mundo aqui. Meu pai tem setenta e cinco anos, está morando aqui", relatou.

Ouça a entrevista com Osano Mourão:
  


Manoel da Conceição e sua esposa Luíza.
O morador Manoel da Conceição relatou que limitar a criação a uma quantidade de animais é inviável. "É muito pouco. Eu acho que não dá, só quinze não". Manoel acredita que a solução para o problema passa por duas opções, ou o governo deixa os moradores terem suas criações com suficiência ou providencia terra para os moradores. "Eu nasci aqui e estou aqui toda vida". "Então, que o governo desse meu direito aqui dentro, porque nós estamos sobrevivendo aqui dentro, nós temos nossas coisinhas, nossas rocinhas, tudo é daqui de dentro. Nossas rendas é daqui de dentro", disse.

Ouça a entrevista com Manoel da Conceição:
 



O sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Raimundo das Mangabeiras e a Fetaema estão acompanhando a situação. Joaquim Alves, que representou a Fetaema na reunião, disse que: "precisa a gente ver num parque, numa reserva ambiental como o parque Estadual do Mirador, ver o ser humano como componente dessa reserva, como componente dessa existência". 

Joaquim enfatizou que a problemática vem desde a criação do parque e que é preciso "trabalhar políticas públicas para que eles possam viver aqui... As pessoas precisam comer bem, precisam viver como pessoas, precisar ter um lazer. Então precisa se transformar essa ideia de que parque é só para estudo cientifico, o parque é só para que você preserve a natureza. O próprio homem já é uma natureza dentro do parque". Joaquim acredita ainda que é preciso "trabalhar meio ambiente e segurança alimentar de quem vive aqui nesse parque".

Ouça a entrevista com Joaquim Alves:


O 1º Tenente Neto, do Batalhão de Polícia Ambiental do Maranhão, que está comandando as operações no parque, disse que o trabalho que vem sendo desenvolvido visa, "além de coibir essa questão da caça e da degradação, é adequar essas pessoas às normas que hoje o parque exige".

Quanto ao fato de moradores terem relatado que se sentiram intimidados com as notificações, o Tenente explicou que "o papel da Polícia Militar e do Batalhão de Polícia Ambiental não é esse, não é constranger ninguém”. “A gente explica que a gente anda armado, que a gente usa fardamento, é porque faz parte do nosso trabalho. O meu instrumento de trabalho é esse, é a minha arma é a minha farda. É assim que nós trabalhamos. E nós não estamos aqui para intimidar, para fazer nada com ninguém, a nossa intensão é ajudar”, explicou.

Ouça a entrevista com O Tenente Neto:


Rafaela Brito, Supervisora de Gestão de Unidades de Conservação da Superintendência de Biodiversidade e Áreas Protegidas, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, destacou que, desde 2015, a SEMA vem marcando presença no parque e que a presença do Batalhão de Polícia Ambiental é necessário. "Por segurança, é porque nós encontramos situações de conflitos, situações com madeireiros, situações com caçadores de fora", disse.

"Com relação aos moradores, nós estamos sempre próximos, não é o objetivo assustar, não. Nós estamos sempre conversando, explicando porque que não pode tanto gado, porque que os porcos têm que ser presos. Porque agride o parque, não é benéfico para o parque, de forma alguma, a criação desordenada. Então, o que nós fazemos é sempre conversar e orientar. Se nem sempre está claro, nós estamos abertos para esclarecer quaisquer dúvidas", esclareceu.

Rafaela disse que estão sendo feitos estudos para a produção de um documento, "que vai ser feito juntamente com os moradores, para que seja feito esse acordo, da comunidade que vive do parque, que depende do parque, com a secretaria, que quer preservar o parque".

Quanto aos moradores se sentirem intimidados com a notificação sobre a limitação da criação de animais e do tamanho da roças, Rafaela disse que ficou sabendo do sentimento de intimidação dos moradores durante a reunião. "A notificação, em momento algum, prejudica o morador, o notificado. Essa notificação é, para nós, um registro do trabalho que está sendo feito, de que todos estão sendo informados da situação, para depois: 'há, não passou por aqui, não sei...' Não, está registrado, nós passamos, nós estamos conversando com todos. A situação com a limitação do número de cabeças de gado é porque nós temos situações de mais de 50, 80 cabeças. E esse gado pisoteando a área do parque não é uma coisa benéfica para o parque". Rafaela explicou ainda que diante da reação da comunidade, os casos serão estudados. "teremos que estudar cada caso, um a um".


Ouça a entrevista com Rafaela Brito:


Moradores da região do Zé Miguel, no Parque Estadual do Mirador, tem forte ligação com São Raimundo das Mangabeiras, a cidade mais próxima. Muitas famílias mudaram-se pra a cidade após a criação do parque, muitos dos quais motivados pela repressão que vinham sofrendo; outras famílias vêm resistindo desde então, muitas na expectativa de que o estado as indenize ou providencie terras para que possam se mudar.



Após reivindicações de moradores do parque, lideranças políticas de São Raimundo das Mangabeiras foram a São Luís apresentar o problema às autoridades estaduais. O vereadores Cobra e Irmão Leonardo, o prefeito e o vice-prefeito eleitos, Rodrigo Coelho e Junior Batateira, estiveram reunidos, no dia 17 de novembro, com o Deputado Estadual Stênio Resende e com o Secretário de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Marcelo Coelho, debatendo a situação dos moradores do parque.
Além das lideranças políticas, lideranças sindicais do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Raimundo das Mangabeiras e da FETAEMA também estão acompanhando a situação. A Secretaria de Direitos Humanos e outras entidades já foram informadas da situação.

O Parque Estadual do Mirador foi criado pela lei n° 7.641, de 4 de junho de 1980. O parque engloba em torno de 60% do município de Mirador. Na divisa com São Raimundo das Mangabeiras, encontra-se a nascente do Rio Itapecuru, um dos principais do estado, sendo responsável pelo abastecimento de diversas cidades, incluindo a capital, São Luís.

Redação: João Batista Passos*


* João Batista Passos participou da reunião a convite de moradores da região e viajou de carona com o Vereador Cobra.